segunda-feira, 29 de abril de 2013

O CANDIDATO TÍMIDO OU INGÊNUO NÃO TEM CHANCES NA POLÍTICA



Nesta selva da política, onde raposas, leões e lobos, convivem com a traiçoeira serpente e com as oportunistas hienas, o candidato tímido ou ingênuo é uma presa fácil. Ele é um animal inofensivo, disputando com predadores.
Vencer, por um voto de diferença se for o caso; sofrendo pesados desgastes, se for impossível de evitar; assumindo compromissos que limitam o poder e a liberdade, se não houver outra saída; rompendo com amizades, se for inevitável; assumindo prejuízos; mas de qualquer forma, vencer. Todos os candidatos enfrentam a eleição com essa mesma disposição.
Trata-se, então, de uma competição feroz, uma forma civilizada de combate, na qual as pessoas não hesitam em ir aos seus limites éticos para obter a vitória. A vitória é o bálsamo que cura os ferimentos e recompensa as perdas sofridas. Não surpreende, pois, que Maquiavel tenha ido buscar nos animais selvagens o paradigma para os políticos.