Boa parte do
grupo de 60 empresários que se reuniu com o governador de Pernambuco Eduardo
Campos (PSB) em São Paulo semana passada se despediu com a certeza de que o
político irá, sim, se lançar contra Dilma em 2014.
O encontro foi
na casa do empresário Flávio Rocha, da Riachuelo. "Dá para fazer muito
mais" que a presidente Dilma Rousseff, teria sido o slogan de Campos. Ele
acredita que as coisas no País vão bem, mas podem piorar. "Não há grande
incômodo nas grandes massas. Não há na classe média esse sentimento, nem de
forma generalizada no empresariado. Mas há, nesse instante, nas elites, grande
preocupação com o futuro". Segundo ele, "dá pra fazer muito
mais" pelo Brasil. "E isso não vai ser feito se a gente não renovar a
política.
O pacto político
que hoje está no centro do governo que eu defendo, que ajudei a eleger, a meu
ver, não terá a condição de fazer esse passo adiante. Não vai fazer",
enfatizo. As informações foram publicadas neste sábado na coluna de Mônica
Bergamo no jornal Folha
de S. Paulo.
O governador criticou a campanha presidencial de
2010, quando Dilma disputou com José Serra (PSDB-SP), pelo excesso de
acusações dos dois lados e ausência de debates sobre o futuro do Brasil.
"Acusação de lá, defesa de cá. Acusação de cá, defesa de lá. Sinceramente,
não dá para respeitar como um debate à altura dos desafios do Brasil. E isso
deixou as coisas desamarradas para o futuro", considerou. Campos
também ressaltou que a presidente Dilma conhece suas críticas e sabe que seu
partido, o PSB, o pressiona para se lançar candidato à presidência. "Só
não vamos nos meter em aventura. E não vamos ajudar a destruir o que nós
construímos. Nós queremos é seguir adiante, não é desmanchar as coisas boas que
foram feitas. Nós queremos fazer mais coisas boas", completou.