Convites chegam com frequência ao seu gabinete. Será
necessário desenvolver uma rotina de triagem muito criteriosa para a decisão.
Há convites para tudo, e você não poderá ir a todos. Talvez a primeira
distinção que se deva fazer é entre os convites relacionados com sua função
legislativa (protocolares) e os que decorrem de sua condição de político (base
política). Os primeiros, ainda que importantes, são menos importantes que os
segundos, como regra geral.
É o legislador, pessoalmente que deverá julgar se deve ou não ir ou não a um determinado evento
O legislador deverá julgar pessoalmente se deve ou
não comparecer a eles. O critério para ir não será normalmente um critério
eleitoral (conquistar votos) e sim político (conquistar o apoio de pessoas
importantes, conversar com alguém, obter uma exposição na mídia etc).
Os convites que proveem de sua base política, vão
exigir uma prévia avaliação, já que, na maioria dos casos implicam em
deslocamento seu para a sua região.
Eles podem ser de vários tipos:
·Convites pessoais (aniversários, festas,
casamentos, batizados etc) aos quais você deve comparecer, atendendo a
critérios como o grau de proximidade política de quem convida. Se for um dos
seus auxiliares e cabos eleitorais você deve fazer o possível para ir, ou se
não puder, mandar um presente ou uma carta pessoal. Se for de um adversário,
você deve fazer o possível e o impossível para ir. É uma oportunidade de ouro
para entrar em áreas onde você não costuma obter apoios.
·Convites de associações e clubes são também
oportunidades valiosas para você consolidar e ampliar sua base de apoio.
Nestes
casos, é necessário ajustar previamente datas e obter informações sobre: quem
mais será convidado; quantas pessoas se espera que compareçam; quanto tempo vai
durar o evento; se você deve falar, além de outras perguntas sobre a logística
do evento (se vai ser em lugar aberto ou fechado, que fazer em caso de chuva,
qual o traje a ser usado, etc). Com estas informações previamente colhidas,
você vai decidir sua ida. Se não puder ir, encontre uma razão muito forte para
explicar sua ausência, e, se possível, faça-se representar por alguém muito
próximo (família ou político local). Se for, procure chegar no horário,
cumprimente a todos que puder, comporte-se com naturalidade - sem mostrar
demasiada familiaridade e informalidade, nem demasiado recato e até timidez.
Circule entre as pessoas revelando estar à vontade e satisfeito por
encontrar-se ali e poder conversar com eles. Se lhe for dada a oportunidade
para falar, muito cuidado. Acima de tudo seja conveniente e oportuno. Seu
discurso deve ser relevante para aquelas pessoas, deve conter uma mensagem
forte e bem articulada, e deve ser breve. O que você deseja é que as pessoas o
aplaudam durante e após o discurso, que lembrem a mensagem básica, e,
sobretudo, que não se cansem com sua fala. Se o evento for uma feira ou
exposição, visite um a um os stands e converse com os expositores.
Não seja nem o primeiro, nem o último a sair.
Havendo autoridades de maior hierarquia, você deverá esperar que elas se retirem antes, como manda o protocolo. Ao sair despeça-se dos dirigentes do evento, agradeça o convite e se retire.
Havendo autoridades de maior hierarquia, você deverá esperar que elas se retirem antes, como manda o protocolo. Ao sair despeça-se dos dirigentes do evento, agradeça o convite e se retire.
Visitas ao seu gabinete
O seu gabinete não é a sua casa (como muitos pensam),
nem o seu local de trabalho é o seu ponto. Como tal, ele deve ser pensado para
receber pessoas. Seus funcionários e assessores devem estar preparados para
isto. Os encarregados das tarefas administrativas devem, se possível, ser
isolados, ou acostumar-se a trabalhar com os ruídos. Os assessores devem estar
disponíveis para receber as visitas que podem ser, jornalistas, colegas, cabos
eleitorais, pessoal do partido, e visitantes que querem encontrar-se com você,
vindos da sua região. É fundamental que as pessoas sejam bem recebidas, que
haja água e cafezinho, e que, enquanto você não os recebe, seus assessores os
acompanhem.
Aceita um Cafezinho? |
É fundamental que as pessoas sejam sempre bem recebidas: que haja água e bom cafezinho
O visitante que veio de sua base eleitoral merece
um atendimento especial. Nunca esqueça que ele vai voltar para casa e contar
para os outros como foi recebido. Se for a primeira vez que ele vem à Casa,
destine um assessor para acompanhá-lo numa visita pelas dependências, se for o
caso ponha-se à disposição para ajudá-lo com reserva de hotel e deslocamentos.
Ao recebê-lo, você já deve, sempre que possível, saber o que deseja e estar
preparado para sua resposta. Você receberá pedidos, queixas, convites, informações,
e, para cada uma destas situações, você deve ter uma resposta interessada,
honesta e simpática.
Ao recebê-lo, faça o exercício mental de imaginá-lo
contando o encontro para os outros eleitores. Aproveite a ocasião para tirar
uma foto com ele, que você depois vai enviar, entregue-lhe textos de seus
discursos ou projetos e agradeça a sua visita. Com cuidados como estes, mesmo a
pessoa que não obteve o que desejava deve sair falando bem de você. Pode
parecer que você vai perder muito tempo. Se contar com uma boa estrutura de
apoio no seu gabinete, este tempo pode ser reduzido a proporções adequadas. Se
a pessoa que o visita for muito importante e tiver assuntos que demandam mais
tempo, você pode convidá-la para jantar. Algum tempo você vai gastar, mas,
usando bem sua equipe, este tempo pode produzir resultados altamente favoráveis
para você, não apenas com o visitante, mas na sua região.