O desmonte final do Sistema Único de Saúde (SUS) vem sendo negociado a
portas fechadas, em encontros da presidente Dilma Rousseff com donos de planos de saúde, entre eles
financiadores da campanha presidencial de 2010 e sócios do capital estrangeiro,
que acaba de atracar faminto nesse mercado nacional.
Na pauta, a chave da porta de um negócio
bilionário, que são os planos de saúde baratos no preço e medíocres na
cobertura, sob encomenda para estratos de trabalhadores em ascensão.
Adiantado pela Folha (“Cotidiano”, 27/2), o pacote
de medidas que prevê redução de impostos e subsídios para expandir a
assistência médica suplementar é um golpe contra o SUS ainda mais ardiloso que
a decisão do governo de negar o comprometimento de pelo menos 10% do Orçamento
da União para a saúde.
Por Lígia
Bahia, Luis Eugenio Portela e Mário Scheffer em Folha de S. Paulo