EUA - Donald Trump garante manter lei que libera o uso da maconha, segundo a lei em 11 estados
americanos, maiores de 21 anos podem fumar em ambientes privados, carregar até
56 gramas de maconha consigo e plantar até seis plantas de cannabis (nome
científico da erva) em casa - ou 12, se houver mais de um morador. Consumir na
rua ou vender qualquer quantidade continua ilegal, mas a legislação permite
textualmente que entusiastas do cultivo possam doar (ou "transferir sem
pagamento") até 28 gramas de maconha para outro adulto.
É a partir desta regra ambígua que
nascem empresas como a HighSpeed, loja online de sucos criada por um jovem de
25 anos e que entrega garrafinhas de 300ml de refresco de framboesa ou limão
por R$ 165 cada (mais um saco metálico vedado, de brinde, cheio de flores de
cannabis com cheiro forte e tons que vão do amarelo ao roxo).
"Somos uma empresa de tecnologia
que entrega sucos", diz David Umeh, que criou o negócio há dois anos e
acaba de expandí-lo para Boston, capital do Estado de Massachussetts, onde legalização
da maconha foi aprovada nas eleições de novembro passado.
"A maconha é um brinde, e isso é
totalmente legal", completa o economista e CEO da HighSpeed, que
envia newsletters semanais a centenas de clientes
detalhando os tipos de maconha disponíveis como brinde.
Além dos sucos, o mercado high-tech da doação de maconha nos Estados Unidos
inclui um aplicativo para celulares que vende palestras motivacionais de cinco
minutos, com o mote "seja fantástico!". O cliente compra a palestra,
e o fundador vai de carro até sua casa, profere uma rápida fala de autoajuda e
entrega a maconha como brinde no final.
Outros sites e apps vendem camisetas
de malha, cartazes com fotos de paisagens ou do primeiro presidente do país,
George Washington, pequenas esculturas, chaveiros e ingressos para festivais -
tudo com direito ao "brinde".
DA REDAÇÃO
Com informações da BBC Londres