Aconteceu na Inglaterra.
Num experimento realizado com o consentimento de todos os envolvidos, uma menina
de sete anos invadiu o notbook de um voluntário por meio da rede Wi-Fi em 10
minutos e 54 segundos.
Para realizar a façanha, a
pequena Betsy Davies contou com a ajuda de tutoriais localizados por meio do
Google. Idealizado pela empresa de segurança virtual Hide My Ass, a ideia do experimento era mostrar como se tornou
fácil acessar dados arquivados em notebooks conectados a redes sem fio abertas.
"Sim, é brincadeira
de criança. É um tipo de ataque plenamente possível, mas fácil do que parece e
com frequência extremamente grande", afirmou em entrevista a EXAME.com
Fernando Neves, presidente da AirTight Brasil.
A empresa é especializada
no gerenciamento de redes Wi-Fi.
Invasões
Segundo Neves, aeroportos,
grandes hotéis e centros de convenção são os locais em que a maioria das
invasões a computadores acontecem.
"A pressa é o que
cria a oportunidade", explica Neves.
Um exemplo disso foi um
teste realizado pela AirTight no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Nele, foram identificados
470 usuários conectados a 77 redes disponíveis. Delas, 41 eram vulneráveis. Ou
seja, permitiam a invasão de computadores.
De acordo com Neves, um
ataque medianamente bem executado passa despercebido pelo usuário comum.
Consequências
Em geral, os hackers que
invadem os computadores buscam dados de cartão de crédito e outras informações
que facilitem futuras movimentações bancárias.
"Às vezes, o ataque
não é imediato. O hacker pode roubar seus dados hoje e só usá-los em março,
abril", afirma Neves.
Segundo ele, a melhor
forma de evitar problemas é se manter informado.
Dicas
Quem gosta de andar com o
Wi-Fi do smartphone ou do tablet ligado deve ficar esperto.
"Existem programas
que permitem invasões de gadgets que estejam buscando rede", explica
Neves.
Já no caso de notebooks,
acessar apenas redes conhecidas e evitar redes abertas são medidas de segurança
recomendáveis.
Além disso, Neves
recomenda o uso de softwares de VPN. Eles criptografam a conexão e tornam o
acesso à internet mais seguro.
"Só com algumas
dessas medidas, a segurança já aumenta bem", garante Neves.