terça-feira, 17 de outubro de 2017

SOCORRO PIMENTEL VOLTA A COBRAR MAIS ASSISTÊNCIA DO ESTADO A MATERNIDADES

Dez anos após a implantação do Programa Mãe Coruja Pernambucana, “o Governo ainda precisa melhorar a assistência materno-infantil no Estado, principalmente nas maternidades”, opinou a deputada Socorro Pimentel, no Pequeno Expediente na ultima semana. Ela destacou que a iniciativa ajudou a diminuir em 27,5% a mortalidade infantil nos municípios atendidos, entre 2006 e 2013, mas, recentemente, “tem perdido efetividade”.

“Nas 105 cidades de atuação do programa, o coeficiente de mortalidade infantil foi reduzido de 22,1 mortes por mil nascimentos em 2006, para 16,1 por mil, em 2012 e 2013. Contudo, entre 2011 e 2016, esse índice ficou em 15,7, o que não representa avanço significativo”, apontou a deputada, citando dados da Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (Sevs) do Governo Estadual.
“Como profissional de saúde, tenho a obrigação de parabenizar e exaltar o Programa Mãe Coruja Pernambucana pelos seus resultados”, pontuou. “Mas ele precisa continuar a reduzir, efetivamente, os óbitos materno-infantis”, avaliou. Segundo a deputada, a falta de assistência do Governo se dá no “atendimento precário” às gestantes de baixo risco nos municípios e na superlotação de unidades de atendimento de alto e médio risco. “Pernambuco dispõe de apenas 119 leitos de UTI neonatal para quase cem mil partos anuais. Existem unidades neonatais trabalhando com quatro vezes a capacidade nominal”, informou. “Com isso, tivemos 67 óbitos maternos e mais de mil falecimentos neonatais evitáveis, de acordo com dados do Ministério da Saúde”, ressaltou.

Ao fim do discurso, a parlamentar sugeriu a mudança do modelo vigente de atenção ao parto, com estímulo para a construção de Centros de Parto Normal, ampliação do número de leitos de UTI obstétrica e neonatal e interiorização do atendimento de alto risco. “Não podemos permitir que mulheres vejam seus filhos morrerem por falta de atendimento adequado num Estado que já foi premiado internacionalmente por um programa de atenção integral às gestantes e a seus bebês”, concluiu.
ASCOM/ALEPE