segunda-feira, 24 de novembro de 2014

FAZER MAIS COM MENOS

Um tema com grande foco na última campanha eleitoral foram os programas sociais, inegavelmente um dos maiores fatores que impulsionaram a saída de 25 milhões de brasileiros da faixa de pobreza, composta por pessoas que ganham menos de US$4 por dia (R$10 ou R$299 por mês).

Eles foram catapultados, em ampla maioria, para o segmento com renda pessoal entre R$300 e R$750 por mês, o que dá um valor de R$1.200 a R$3.000 para uma família de tamanho médio, composta por quatro pessoas, o que as coloca na faixa das pessoas em situação de vulnerabilidade social. Finda a campanha, o tema deve merecer uma reflexão aprofundada, que vai além da simples manutenção ou não de tais programas até porque ninguém, com um mínimo de bom senso, pensaria em extinguir programas com forte efeito inclusivo, como o Bolsa Família. Análises menos apaixonadas destacam um ponto que se configura, com crescente clareza, como uma fragilidade das atuais políticas de assistência social.

Em entrevista concedida ao Valor Online entre o primeiro e o segundo turno das eleições, o mexicano Jorge Familiar, vice-presidente do Banco Mundial (Bird) para a América Latina e Caribe, destaca que o Brasil é um país-chave no resgate dos 40% da população do planeta, que vive em pobreza extrema (renda diária de menos de U$1,25) até 2030.