Messias controla a publicidade do governo da presidenta Dilma
Começa a ficar claro,
para analistas políticos que ainda duvidavam das intenções do Núcleo de Mídia e
da Secretaria de Comunicação Social da
Presidência da República, ora ocupada pela jornalista Helena Chagas, em aplicar
a teoria conhecida como “mídia técnica”. Ao transferir para as Organizações
Globo, nos últimos dois anos, valores de mais de R$ 1 bilhão, a despeito das
acusações que pesam sobre a empresa, que responde a processo por sonegação fiscal
e evasão de divisas da ordem de outros R$ 500 milhões, os integrantes dos
postos-chave em uma das áreas mais estratégicas do governo da presidenta Dilma
Rousseff seguiam à risca o roteiro determinado pela oposição. Tanto a
secretária Chagas quanto seu segundo em comando, Roberto Messias, sempre
lidaram, de perto, com as empresas da família Marinho.
Matéria publicada na
noite anterior, assinada pela jornalista Conceição Lemes, no site Viomundo,
apurou que Messias é ligado ao PSDB, enquanto sua superiora imediata ocupou
cargos de alto escalão nas Organizações Globo. O bloqueio às revistas, rádios,
blogs e jornais independentes, entre eles o Correio do Brasil, era
apenas um sintoma dos problemas que Dilma vê, agora, propagados ao máximo nos
protestos de rua contra a
mídia conservadora que, durante a gestão de ambos à
frente da Secom, sempre foi considerada prioritária, tanto em nível
publicitário quanto no tráfego de informações.
Messias apresentou sua
verdadeira face à jornalista ao demonstrar seu intenso desejo de ver o
ex-colega do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, ser preso. Pizzolato defende
sua inocência mas descobriu, talvez tarde demais, que os tucanos ainda mandam
nacomunicação do governo petista.